A Prefeitura de Manaus atualiza os números de casos de dengue, zika, chikungunya, oropouche e mayaro ao divulgar a quinta edição do Informe Epidemiológico de Arboviroses, nesta segunda-feira, 5/2, com dados da Semana Epidemiológica de 28 de janeiro a 3 de fevereiro deste ano.
A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), responsável pela elaboração da publicação, reforça as ações de vigilância, prevenção e controle das doenças e reitera o alerta à população para a importância das medidas preventivas e para atenção aos casos suspeitos, após a confirmação de dois óbitos relacionados a infecções por arbovírus.
O novo informe traz 11 casos de dengue, confirmados por critérios laboratoriais, clínicos e/ou clínico-epidemiológicos, e um óbito em razão da doença, de uma criança de 2 anos de idade, ocorrido no dia 25 de dezembro e confirmado na última semana. Outros 393 casos suspeitos foram notificados, estando 2.012 hoje em investigação. Três óbitos estão ainda sendo investigados.
Conforme a publicação, estão em investigação 12 casos suspeitos de zika, que não teve novos casos notificados ou confirmados no período avaliado. De chikungunya, foram notificados sete casos e outros 30 estão em investigação. Não há novos casos confirmados da doença.
O semanário epidemiológico traz, ainda, 163 novos casos de oropouche, confirmados por critério laboratorial, mediante exame diferencial realizado em casos suspeitos de infecção por dengue. Foi confirmado ainda um óbito com coinfecção pela doença, de uma adolescente de 15 anos, ocorrida no dia 26 de janeiro. Não há casos ou óbitos em investigação pela arbovirose.
Da febre mayaro, segundo a publicação, não há casos e nem óbitos notificados, confirmados ou em investigação. O informe não indica números de casos notificados dessa arbovirose ou da oropouche, em razão de não serem agravos de notificação obrigatória.
Neste ano, até o dia 3 de fevereiro, o informe contabiliza 820 casos de dengue, confirmados por critérios laboratoriais, clínicos e/ou clínico-epidemiológicos; dois de zika; e 672 de oropouche. Não há registro de casos confirmados de chikungunya ou mayaro no período.
O Informe Epidemiológico de Arboviroses é elaborado pelas gerências de Vigilância Epidemiológica, de Vigilância Ambiental e Controle de Agravos por Vetores, e do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde da Semsa. Os dados são oriundos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), via Sinan-Online e Sinan Net, e do Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL), estando sujeitos a atualização.
Coinfecção
A gerente de Vigilância Epidemiológica da Semsa, Viviana Almeida, aponta a ocorrência de casos graves por coinfecção de arboviroses e de outras doenças sazonais, como a Covid-19 e a malária. Foi o caso de um dos óbitos confirmados, ela assinala, que teve diagnóstico de oropouche e Covid-19.
“A coinfecção de arboviroses e outras doenças traz um risco maior de agravamento da saúde, em especial para populações como crianças, idosos, pessoas com comorbidades e gestantes”, relata a gerente.
Conforme Viviana, a Semsa está reforçando as ações de detecção e monitoramento, por meio de nota técnica orientando os profissionais da rede básica quanto à solicitação de exames em caos suspeitos, bem como a intensificar as orientações à população para as medidas de proteção individual e eliminação dos criadouros domésticos dos mosquitos transmissores.
Viviana alerta ainda para os cuidados de prevenção entre gestantes, em razão da circulação do zika vírus, que teve dois casos confirmados neste ano em mulheres grávidas. “Apesar de não ser um número elevado, requer atenção, pois a infecção por zika durante a gravidez pode resultar em sequelas no desenvolvimento neurológico do feto”.
Prevenção e controle
A Semsa prossegue com a intensificação das medidas de prevenção e controle das arboviroses, que são realizadas ao longo de todo o ano, de forma permanente, e reforçadas no período de chuvas na região, nos meses de novembro a abril.
“Com o calor e a água das chuvas, os mosquitos vetores de arbovírus proliferam com maior intensidade, e a replicação do vírus nos insetos ocorre de forma mais rápida. Por isso, a principal forma de prevenção é a eliminação dos focos de água parada, que servem de criadouros”, aponta Viviana Almeida.
A gerente de Vigilância Epidemiológica reafirma o papel essencial da população na identificação e na eliminação dos potenciais focos de proliferação nos quintais e no interior das residências, e alerta ainda para medidas auxiliares de prevenção, como utilizar repelentes, vestir roupas que reduzam a exposição da pele e evitar atividades ao ar livre em áreas de infestação por mosquitos.
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Texto – Jony Clay Borges / Semsa
Fotos – Divulgação / Semsa