Na sexta-feira (16/2), a Eneva, empresa especializada na geração de energia e extração de gás natural, realizou evento para anunciar a comercialidade de duas novas reservas de gás natural e petróleo na bacia do Amazonas. A empresa constatou a viabilidade econômica de duas novas reservas, e agora a Eneva terá seis meses para elaborar um plano de desenvolvimento, que será entregue à Agência Nacional de Mineração, apontando como os recursos naturais serão aproveitados. Após a aprovação, a empresa começará a construção dos novos empreendimentos.
O presidente da Comissão de Geodiversidade, Recursos Hídricos, Minas, Gás, Energia e Saneamento da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado Sinésio Campos (PT), que esteve no evento, enfatizou que a geração de emprego e renda no interior é a melhor forma de evitar o êxodo do cidadão, que muitas vezes vai à capital por não encontrar oportunidades em seu município.
“Defendo a implementação de uma indústria petroquímica no Estado, reduzindo a dependência do modelo Zona Franca. Queremos indústrias que utilizem nossa própria matéria-prima. O Amazonas também é um estado mineral, retirar as riquezas do subsolo pode mudar a vida das pessoas”, declarou o parlamentar.
O governador do Amazonas, Wilson Lima, também se manifestou e destacou a importância econômica do anúncio. “Esse é um recado muito importante para o mercado. Estamos consolidando de forma definitiva uma matriz econômica à Zona Franca de Manaus, para que passe a ser uma atividade complementar à indústria. O Estado do Amazonas é o Estado com o maior volume de gás natural em terra do país. Não dá para construir política ambiental sem atividade econômica e desenvolvimento social”, afirmou.
O secretário de Estado de Energia, Mineração e Gás (Semig), Ronney Peixoto, destacou a potencialidade de novos empreendimentos no setor. “O mais importante é trazer mais qualidade de vida para a população, mais investimentos para o Estado e mudar a dinâmica dos municípios, criando uma nova matriz econômica para o Estado. Hoje, o Amazonas tem dentro das reservas algo em torno de 40 bilhões de metros cúbicos de gás, em reservas já provadas, e esse número pode chegar a 100 bilhões de metros cúbicos de gás”, afirmou o secretário.
Segundo o diretor de Exploração da Eneva, Frederico Miranda, as duas novas áreas de exploração são os campos de Tambaqui e Azulão Oeste, ambos localizados no município de Silves.
“Atualmente, temos previsto para investimentos nesses dois campos, que anunciamos hoje como comerciais, o valor de R$ 350 milhões, que se somam aos R$ 5,8 bilhões que a Eneva já investiu no Amazonas. Serão entre cinco e seis mil empregos gerados no pico das obras, e, após a conclusão, algumas centenas de empregos para manutenção do empreendimento”, declarou Frederico Miranda.
O representante da Eneva também destacou a importância do gás natural na transição energética para uma matriz mais sustentável, já que o gás emite 40% menos CO₂ e 99% a menos de outros gases de efeito estufa quando comparado ao diesel ou ao óleo combustível, usados nas termelétricas.
Com a operação já consolidada no campo de Azulão na bacia do Amazonas, a Eneva reforça sua posição como uma das principais empresas do setor na região. Além disso, a empresa mantém um polo de produção de gás no interior do Estado, que atualmente abastece a termelétrica de Jaquatirica, em Roraima, e será fundamental para suprir a futura usina de Azulão 950. A construção desta nova usina, prevista para iniciar ainda este ano, trará consigo a geração de empregos e renda para o Amazonas, fortalecendo ainda mais a economia local.