As péssimas condições de trafegabilidade da BR -319, que liga Manaus a Porto Velho, permanecem nas discussões dos parlamentares da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), como demonstrou a Sessão Plenária, desta quinta-feira (22) na qual foi assunto principal.
Ao citar a entrega de kits para mototaxistas em Humaitá (a 590 quilômetros de Manaus) no dia 13 de fevereiro, o deputado estadual João Luiz (Republicanos) falou sobre as impressões que teve da BR- 319.
“Percorremos a BR 319 e sentimos o que as pessoas passam. Conversamos com um caminhoneiro com carregamento de MDF seguindo para Roraima. Esperamos a lama secar para poder terminar sua trajetória. Ele estava há dois dias para prosseguir com a sua carga”, exemplificou.
No seu discurso, o deputado Mario César Filho (UB) lembrou dos tempos de repórter de TV quando viajou de ônibus pela BR-319. “Este é um tema que há anos estamos discutindo, Em 2017, fui até o município de Humaitá de ônibus, por conta de uma reportagem que mostrava a dificuldade que é para uma pessoa ir à Humaitá e Porto Velho”, lembrou.
O descaso com a BR-319, inclusive com relação às pontes que desabaram em 2022, foi também o assunto do deputado Rozenha (PMB). O parlamentar avaliou que o Amazonas não merece ser ligado ao Brasil por uma rodovia nessas circunstâncias. Ele disse ainda que visitou as pontes do rio Curuçá e de Autaz Mirim.
“Na Curuçá existem dois pilares em construção muito morosamente com meia dúzia de funcionários trabalhando; e na Autaz Mirim, existe zero obra. Descobri que se investiram mais R$ 10 milhões, ou seja, foram R$ 43 milhões da ´pseudo-reconstrução`, da reconstrução emergencial e mais R$ 8 milhões assinados em fevereiro para vistoriar a obra”, afirmou.
Já o deputado Sinésio Campos (PT) falou da expectativa com o término das atividades do grupo de trabalho da BR-319 formado pelo Governo Federal.
“O grupo de trabalho vai expor a este parlamento, numa Cessão de Tempo, no próximo dia 12 de março, os resultados dos trabalhos desenvolvidos em prol da restauração, ampliação e pavimentação da BR. Temos o prazo do encerramento dos trabalhos e uma data para o relatório final. Por isso, externo a importância socioeconômica deste avanço e, nesta Casa, nunca nos calamos para cobrar essa recuperação”, afirmou.