O aniversário de 57 anos de criação da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e da Zona Franca de Manaus (ZFM), celebrado nesta quarta-feira (28/2), foi lembrado pelos deputados durante a Sessão Ordinária, na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). Os parlamentares destacaram a responsabilidade da autarquia na economia do Estado.
Em 28 de fevereiro de 1967, por meio do Decreto Lei nº 288, foi criada a Suframa, ao mesmo tempo em que foram reformuladas as bases do modelo ZFM, inicialmente concebida como Porto Livre. Avaliando o modelo como exitoso, o deputado Wilker Barreto (Cidadania) disse que a Suframa e ZFM têm um importante papel de desenvolvimento da Amazônia Ocidental, e que contribuiu ao longo destas quase seis décadas de existência para a redução das desigualdades regionais, estímulo ao desenvolvimento sustentável, à bioeconomia e impulsionando a economia nacional. “O fortalecimento da Suframa é a certeza da continuidade desse modelo exitoso”, destacou Barreto, solicitando Moção de Parabenização para a instituição.
Os deputados Rozenha (PMB), Sinésio Campos (PT) e George Lins (UB) também destacaram a importância econômica e social da Suframa. O deputado Sinésio Campos falou que atualmente o modelo ZFM recebe apoio do Governo Federal, citando que, na próxima sexta-feira (1º/3), o Conselho de Administração da Suframa (CAS) realizará a 313ª Reunião Ordinária, no auditório da Superintendência, e terá caráter especial em alusão ao aniversário de 57 anos.
“O evento terá o propósito de avaliar uma pauta de 33 projetos industriais e de serviços cujos investimentos totalizam R$ 1,2 bilhão (US$ 249 milhões), prevendo a geração de 1.084 empregos e faturamento projetado superior a R$ 6,3 bilhões (US$ 1,3 bilhão)”, declarou Sinésio, destacando ainda que o encontro será presidido pelo vice-presidente Geraldo Alckimin (PSB), ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, que estará em Manaus como presidente da República em exercício.
Violência contra a mulher
Outro tema debatido pelos deputados durante a Sessão Plenária, desta quarta-feira, foi a possível violência política e de gênero que teria acontecido na última terça-feira (27), na Câmara Municipal de Manaus (CMM), contra a vereadora Professora Jacqueline (UB). O assunto foi tratado pela deputada Alessandra Campêlo (Podemos), presidente da Procuradoria da Mulher da Aleam, que adiantou que a vereadora será recebida ainda esta semana na Procuradoria, e receberá apoio jurídico e psicossocial.
Durante seu pronunciamento, Campêlo apresentou vídeo onde a vereadora Professora Jacqueline (UB) estaria sendo intimidada pelos vereadores Raulzinho (PSDB) e Fransuá (PV). A Professora Jacqueline ocupava a tribuna da CMM, falando das trocas de gestores de unidades de ensino municipais que têm ocorrido, segundo a vereadora, sem respeitar a competência técnica dos profissionais.
Ainda de acordo com as imagens apresentadas pela deputada Alessandra Campêlo, após as denúncias feitas pela vereadora Jacqueline, aconteceu contestação de vereadores da base aliada do prefeito de Manaus, e, neste momento, os vereadores Raulzinho e Fransuá se levantaram e foram até a tribuna, para contestar a vereadora.
“Cenas lamentáveis, vários vereadores, homens, com dedo em riste, intimidando e impedindo uma vereadora de se manifestar”, declarou Campêlo, complementando que sua manifestação não tem intenção de vitimizar a vereadora e, sim, mostrar que isso é uma violência contra a mulher.
Em apartes, o presidente Roberto Cidade (UB) e os deputados Débora Menezes (PL), João Luiz (Republicanos) e Rozenha declararam solidariedade à vereadora e repudiaram qualquer tipo de violência contra as mulheres.
“É preciso respeitar as mulheres e estimular o aumento da participação feminina na política, e não tentar intimidá-las”, afirmou o presidente da Aleam, colocando o Parlamento Estadual à disposição da vereadora para que este ato não passe impunemente.
A deputada Débora Menezes disse que é preciso combater o que avalia como um machismo estrutural. “Se fosse um homem fazendo as denúncias, esse modo de contestação não teria acontecido. Precisamos falar sobre isso, para que essa cultura não se perpetue, porque violência verbal também é violência”, declarou.