O objetivo é melhorar o embarque e desembarque de turistas nessas áreas
Foto: Alex Pazuello/Secom
As comunidades indígenas Cipiá e Tatuyo, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Puranga da Conquista, e Tuyuka e Diakuru, na RDS do Tupé, foram contempladas com quatro terminais fluviais para melhorar o embarque e desembarque de turistas na região. Ao todo, 24 famílias foram beneficiadas, alcançando cerca de 120 moradores. O cacique da Comunidade Cipiá, Thoalanu Gui, comemora a entrega da plataforma. Atualmente, o embarque e desembarque no local são feitos através de um flutuante de madeira.
“Para nós, esses atracadores são muito importantes, representam muita coisa para a gente e são a melhoria de todas as comunidades. É um fluxo melhor ainda dos turistas”, enfatizou o cacique do local, onde 12 famílias dependem do turismo.
A entrega foi realizada pelo governador Wilson Lima, na segunda-feira (04/03). No evento, também foi feita a assinatura do Termo de Cessão dos terminais fluviais, que garante a administração pelos próprios comunitários.
Foto: Alex Pazuello/Secom
A assinatura da Ordem de Serviço para a execução da Obra de Construção dos quatro terminais fluviais ocorreu em setembro de 2023, com investimento de R$ 336,9 mil, sendo R$ 20 mil de contrapartida estadual e R$ 316,9 mil de repasse do Ministério do Turismo, por meio de emenda parlamentar do Senador Plínio Valério.
Esta é a primeira vez que as comunidades indígenas das RDS Puranga Conquista e do Tupé são contempladas com a entrega dos terminais fluviais. A comunidade Diakuru, que hoje tem oito famílias, pretende aumentar o fluxo de turistas com a nova plataforma.
“Vai ser muito importante porque, antigamente, a gente não tinha como encostar e o cliente descer. A gente dependia de tábuas, mas com esse atracador vai ser melhor”, afirmou o cacique da comunidade, Zé Maria.
Foto: Alex Pazuello/Secom
Sobre as comunidades
Situadas na margem esquerda do Rio Negro, as quatro comunidades oferecem roteiros turísticos que envolvem um mergulho nas tradições e nos conhecimentos dos povos originários, com contação de histórias e lendas, apresentação de danças e rituais, pinturas corporais e confecção de artesanatos que representam crenças e etnias.
Os visitantes podem também contemplar a fauna e flora, através das trilhas pela floresta e, também, experimentar a gastronomia com ingredientes da culinária indígena.
As comunidades Cipiá e Tatuyo ficam localizadas a 34 quilômetros da área urbana de Manaus, enquanto a Diakuru e Tuyuka estão a, aproximadamente, 25 quilômetros.
Foto: Alex Pazuello/Secom
Infraestrutura portuária
Este é o segundo projeto do Governo do Estado para dotar comunidades com infraestrutura portuária. Desde 2021, o governador Wilson Lima entregou outros 31 terminais flutuantes, por meio da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), totalizando mais de R$ 40,1 milhões em recursos. Com isso, chegam a 35 o número de estruturas fluviais entregues com mais essas quatro unidades.
O projeto, inédito da atual gestão, foi pensado como opção de abrigo e suporte para a população ribeirinha, que perdia a produção, como farinha, mandioca e outros insumos, diante da exposição ao sol e à chuva, enquanto aguardavam as embarcações.
Os terminais flutuantes estão distribuídos em mais de 20 municípios e possuem estruturas modernas, com 168 metros quadrados, capacidade de carga de 20 toneladas, iluminação em LED e energia solar, ou seja, não será necessário nenhum tipo de fiação para sua utilização.
Além disso, são compostos por boias, perfis alocados no sentido transversal e longitudinal, e um convés, todos em aço. Também foi realizada a instalação de uma cobertura de 8,20 metros por 10 metros, com cinco tesouras apoiadas e 10 pilares metálicos, além de piso antiderrapante.
Com esses terminais flutuantes, a população conta com mais segurança no transporte de cargas e passageiros, além de ser um importante meio para a geração de emprego e renda, movimentando a economia local.