O requerimento que solicita a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Secretaria Municipal de Comunicação (Semcom), na Câmara Municipal de Manaus (CMM), já conta com as assinaturas de oito parlamentares. Apresentado pelos vereadores William Alemão (Cidadania), Capitão Carpê (Republicanos) e Rodrigo Guedes (Podemos), o requerimento precisa somar ao menos 14 assinaturas para que a investigação seja instalada.
De acordo com os parlamentares, o objetivo da CPI é apurar denúncia sobre pagamento em dinheiro a um portal de notícias da capital, conforme vídeo divulgado pelo portal Metrópoles no dia 14 de março. As imagens, conforme a publicação, teriam sido gravadas no interior da Semcom, que funciona no mesmo prédio da Prefeitura de Manaus.
Além dos três vereadores que propõem a CPI, já assinaram o requerimento Diego Afonso (União Brasil), Thaysa Lippy (PP), Everton Assis (União Brasil), Lissandro Breval (Avante) e Professora Jacqueline (União Brasil).
“Já temos oito assinaturas para a instalação da CPI, ainda precisamos de mais seis, eu acredito que até a próxima semana já estaremos levando esse documento para ser votado dentro do plenário. A população de Manaus precisa dessas informações concretas, coisa que não foi feita aqui no dia de hoje”, destacou William Alemão, em coletiva de imprensa após a Sessão Plenária desta quarta-feira (20/03).
Na avaliação dos parlamentares, a denúncia feita pelo Portal Metrópoles caracteriza possíveis atos de improbidade administrativa e crimes decorrentes de suposto desvio de verbas públicas, em razão de pagamento em espécie aos possíveis prestadores de serviços.
O secretário da Semcom, Israel Conte, esteve no plenário Adriano Jorge nesta quarta-feira (20/03). Na tribuna, em sessão presidida pelo vereador Caio André (Podemos), o titular da pasta apresentou um laudo pericial feito pela empresa particular “Smart Perícias” e respondeu aos questionamentos dos parlamentares. Israel Conte informou que, conforme atestou a empresa, o vídeo é manipulado.
Capitão Carpê classificou o material apresentado por Israel Conte como “provas rasas”. Ele considerou, ainda, que “as respostas do secretário foram todas tentativas de sair pela tangente, e de falta de compromisso com a verdade”, ressaltando a necessidade da instalação da CPI.
Foto: Mauro Pereira – Dicom/CMM