Com 44 unidades em funcionamento na capital e no interior do estado, programa é essencial para redução da fome e insegurança alimentar
Foto: Jimmy Christian/Seas
Um estudo divulgado pelo Instituto Fome Zero (IFZ), em março deste ano, mostra que, em 2023, 13 milhões de pessoas deixaram de passar fome no Brasil e 20 milhões de pessoas deixaram de sofrer com a insegurança alimentar moderada. No Amazonas, o Prato Cheio, do Governo do Estado, tem um papel fundamental na redução da fome e na garantia da segurança alimentar de milhares de famílias em situação de vulnerabilidade. O programa é referência no combate à fome, servindo de modelo de implantação para outros estados do Brasil.
Criado com o objetivo de combater a insegurança alimentar no Amazonas, o programa Prato Cheio segue fazendo a diferença na vida de quem mais precisa. Em 2023, as 44 unidades em funcionamento na capital e no interior no estado serviram, ao todo, 4.501.995 milhões de refeições e sopas.
Em Manaus, de janeiro a dezembro do ano passado, foram servidas 2.164.079 refeições nos restaurantes e cozinhas populares, levando riqueza nutricional para pessoas em situação de extrema pobreza, pobreza e baixa renda, além de desempregados, pessoas em situação de rua e pessoas com deficiência.
Foto: Jimmy Christian/Seas
E nas 26 unidades presentes no interior do estado, para onde o programa vem sendo ampliado desde 2021, foram oferecidas 2.337.916 refeições e sopas de janeiro a dezembro de 2023.
A titular da Seas, Kely Patrícia, destacou a importância e o impacto do programa na vida das famílias que frequentam os restaurantes e cozinhas populares do Governo do Amazonas.
“O Prato Cheio vai muito além de apenas fornecer alimento, porque também ajuda na economia da família. Uma pessoa ou uma família de cinco pessoas, que está em situação de vulnerabilidade, consegue se alimentar com todos os nutrientes necessários por apenas R$ 1 por dia”, disse a secretária.
Além disso, acrescentou Kely Patrícia, o programa também trabalha a educação, o empreendedorismo e o desenvolvimento sistêmico dos usuários. “É um papel da assistência social não só fazer entregas, mas desenvolver a economia do local e dos indivíduos para que saiam da condição de vulnerabilidade”, destacou a secretária.
Foto: Jimmy Christian/Seas
O Prato Cheio tem feito a diferença na vida da dona Vera Lúcia, de 48 anos, que frequenta todos os dias o restaurante popular do bairro Jesus Me Deu.
“Aqui temos uma comida muito bem preparada e pensada especialmente na saúde das pessoas. Aqui faço uma refeição saudável, balanceada, gostosa e com qualidade. Tudo na medida certa. O Prato Cheio muda a vida das pessoas e mudou a minha. Sou muito grata ao governo do Amazonas por isso”, disse.
Também frequentadora assídua da unidade Jesus Me Deu, Francisca Martins, de 65 anos, destacou o papel fundamental do programa no orçamento de famílias em situação de vulnerabilidade.
“É um programa importante porque garante a segurança alimentar de muita gente. Sabemos que muitas famílias almoçam aqui porque não tem uma fonte de renda e precisam se alimentar. No fim do mês, sobra algum dinheiro para comprar remédios ou algo que falta em casa. Além do mais, é uma alimentação balanceada e de qualidade”, afirmou.
Restaurantes e cozinhas
Foto: Jimmy Christian/Seas
O programa é dividido em dois serviços distintos: os restaurantes populares, que funcionam de segunda a sexta-feira, das 11 às 13h, com refeições no valor simbólico de R$ 1; e as cozinhas populares, nas quais a sopa é gratuita e cada pessoa atendida tem direito a 1 litro de alimento, de segunda a sábado, também das 11h às 13h. Os cardápios são preparados por nutricionistas e variam de acordo com o dia da semana.