O deputado estadual Wilker Barreto (Mobiliza) usou a tribuna do Legislativo nesta quarta-feira, 17/4, para denunciar e alertar sobre o problema do controle de gastos do Governo do Estado que influencia diretamente na prestação dos serviços públicos para a população.
Em pronunciamento, o parlamentar expôs seu descontentamento com a gestão do Governo Municipal e Estadual. Para ele, o maior problema do Amazonas, hoje, está no controle de gastos e como consequência disso a população sofre com a precariedade dos serviços de saúde, educação e segurança.
“Nós estamos falando de uma cadeia de falta de gestão desde o nível federal. O Governo Federal não faz gestão, a dívida pública só cresce. O Governo do Estado não faz gestão, não consegue dar o mínimo de serviços públicos: segurança, saúde, educação. O Governo Municipal idem. Tanto o Governo Municipal quanto o Estadual ambos estão dependendo de empréstimos para tocar um Estado para tocar uma capital. Para onde está indo o orçamento público?”, declarou
Data-base da segurança pública
A quatro dias do pagamento da data-base, Wilker reforçou a ausência do secretário de Estado de Segurança Pública para apresentação de um planejamento efetivo e ressaltou a insegurança vivida pela população em todas as partes do Estado.
“A segurança pública hoje está entregue à própria sorte. O secretário de Segurança Pública sequer vem a esta Casa fazer uma explanação de um planejamento de segurança pública. Antigamente se tinha a impressão que eram as zonas periféricas que estavam inseguras, hoje eu posso dizer que é o Estado do Amazonas, capital e interior, qualquer zona hoje de Manaus é zona de perigo”, ponderou.
Condições do serviço
Ainda na falta de gestão, Barreto alertou que o Estado caminha para não ter condições de pagar data-base, chamar concursados e piorar a situação dos serviços.
“Não acredito em policiamento sem planejamento. Nós temos um efetivo defasado, isso é fato, é a realidade. E o Governo não apresenta nenhuma solução, não vai dar nem a data-base quanto mais chamar concursados”, afirmou.
“Os serviços com o passar dos meses tendem a piorar porque na medida que nós vamos avançando na direção do primeiro semestre, a pressão sobre o orçamento irá aumentar. A não ser que ocorra um milagre econômico, que as receitas sejam tão superiores que compensem os déficits nas contas,” completou.
Por fim, o deputado chamou a atenção para a questão de como a falta de gestão do Governo custa a vida dos cidadãos e para a quantidade insuficiente de viaturas agravada também pela falta de combustível.
“População que me escuta, quando o governo não faz gestão, está a segurança pública como exemplo, viaturas que não estão rodando porque não tem combustível. Hoje, estamos racionando combustível, a quantidade de viaturas hoje existente já é insuficiente e essa quantidade ainda é agravada pela falta de gasolina. A que ponto chegamos. Isso está custando vidas, tanto nos assaltos seguidos de morte, quanto em hospitais desassistidos. Infelizmente na hora do atestado de óbito ninguém diz que a culpa é do Estado”, finalizou.