Informativo apresenta atualizações dos sistemas de monitoramento
FOTOS: Arthur Castro/SecomO Governo do Amazonas, por meio do Comitê Permanente de Enfrentamento a Eventos Climáticos e Ambientais, divulga, neste domingo (27/04), o boletim com informações atualizadas sobre a cheia no estado.
Até o momento, 36 mil famílias foram afetadas em todo o Amazonas, aproximadamente 144 mil pessoas impactadas diretamente. As nove calhas de rios do Amazonas seguem em processo de cheia, com picos variados previstos entre março e julho.
De acordo com os decretos municipais, dos 62 municípios amazonenses, 12 estão em Situação de Emergência, 14 em Alerta e 36 em Atenção.
Durante a semana, o Governo do Amazonas antecipou a chegada da ajuda humanitária destinada aos municípios da calha do rio Madeira atingidos pela cheia dos rios. Entre os dias 21 e 23 de abril, Manicoré, Apuí e Humaitá receberam alimentos, água potável, caixas d’água e kits de purificadores, reforçando o apoio às populações em Situação de Emergência. Ao todo, as entregas contemplaram 8 mil famílias nos três municípios, beneficiando aproximadamente 26 mil pessoas.
No sábado (26/04), mais um envio de ajuda humanitária foi realizado, desta vez para o município de Boca do Acre (a 1.028 quilômetros de distância de Manaus).
O município foi o quarto do interior do Amazonas a receber apoio do Governo do Estado. Com a operação coordenada pela Defesa Civil, aproximadamente 2 mil famílias serão beneficiadas com a entrega de 2 mil cestas básicas, o equivalente a 40 toneladas de alimentos, além de 200 caixas contendo 6 mil copos de água potável.
Saúde
O Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), embarcou na sexta-feira (25/04), mais 30 kits para serem distribuídos para os municípios de Boca do Acre, Ipixuna e Guajará. Cada kit atende cerca de 500 pessoas, beneficiando 15 mil cidadãos nestas cidades.
Anteriormente, a SES-AM já havia enviado 42 kits para outros quatro municípios: Humaitá (12), Apuí (10), Novo Aripuanã (10) e Manicoré (10).
A previsão é alcançar mais de 35 mil pessoas em sete municípios, totalizando 72 kits destinados.
Na quinta-feira (24/04), o Governo do Amazonas, por meio da SES-AM enviou medicamentos e produtos destinados a saúde (PPS) para Apuí, Boca do Acre, Guajará, Humaitá, Ipixuna, Manicoré e Novo Aripuanã, onde as prefeituras decretaram situação de emergência. São cerca de 100 itens que vão reforçar o abastecimento das unidades de saúde desses municípios, garantindo a assistência da população no período de enchente dos rios.
Neste mês, a SES-AM também entregou à prefeitura de Manicoré uma usina de oxigênio com capacidade de produzir 30 metros cúbicos por hora, para atender o hospital do município. O equipamento vai substituir a usina atual, que tem capacidade de produzir 12 mil metros cúbicos de oxigênio por hora.
Na semana passada, foram enviados para o município de Apuí seis cilindros de oxigênio para servir de backup, considerando que o hospital local possui usina. Também foram enviados medicamentos e insumos hospitalares.
Operação Cheia
A Operação Cheia 2025 iniciou, no dia 16 de abril, com o anúncio do governador Wilson Lima de envio de ajuda humanitária para a calha do rio Madeira, especificamente, para os municípios de Humaitá, Manicoré e Apuí, as primeiras cidades a decretarem Situação de Emergência em razão da cheia.
A mobilização foi realizada, no dia 18 de abril, no Porto do São Raimundo, em Manaus, de onde saiu uma força-tarefa coordenada para garantir o atendimento imediato às populações afetadas.
Foram encaminhadas 160 toneladas de cestas básicas, contendo alimentos de primeira necessidade para garantir a segurança alimentar das famílias atingidas, além de 600 caixas d’água com capacidade para armazenamento em residências sem acesso ao abastecimento regular.
O pacote emergencial inclui ainda 33 mil copos de água potável e seis purificadores de água do projeto Água Boa, com capacidade para tratar e distribuir água limpa em comunidades isoladas.
Monitoramento
O Governo do Amazonas, por meio da Defesa Civil do Estado, informa que o monitoramento da cheia é contínuo e realizado pelo Centro de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil, responsável por acompanhar os níveis dos rios ao longo de todo o ano.