As turmas da 3ª série do Ensino Médio, da EE Manuel Rodrigues de Souza, desenvolveram o projeto por meio de estudo prático de conceitos aprendidos em sala de aula
Foto: Eduardo Cavalcante/ Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar / Arquivo / Professor Joziano Miranda
Os estudantes da 3ª série do Ensino Médio, dos turnos matutino e vespertino, da Escola Estadual (EE) Manuel Rodrigues de Souza, localizada no bairro Armando Mendes, zona leste de Manaus, desenvolveram protótipos de minicarros movidos a energia solar. A iniciativa foi idealizada pelo professor de Física da unidade de ensino, Joziano Miranda.
Contando como aula prática da disciplina de Física, os alunos da EE Manuel Rodrigues levaram o conhecimento teórico sobre o efeito fotoelétrico e a energia fotovoltaica, aprendido dentro de sala de aula, para a parte prática, realizada na área externa das dependências da escola.
A atividade consistiu na montagem de protótipos didáticos de carrinhos que possuíam pequenos painéis solares, mesmo sistema utilizado em “Rovers” (veículos exploratórios espaciais), onde os estudantes puderam visualizar e realizar anotações sobre como funciona o sistema de energia solar, além de aprender sobre os benefícios da energia limpa.
O diretor escolar da EE Manuel Rodrigues, César Marinho, explicou que a escola sempre apoia atividades que incentivam aulas mais atrativas para os estudantes e promovam o interesse pelas disciplinas e conteúdos estudados em sala de aula. De acordo com ele, projetos como este também contribuem para que os alunos, principalmente no Ensino Médio, tenham o interesse em permanecer na escola, evitando o abandono escolar.
“Nós apoiamos essas práticas, porque elas permitem que os estudantes possam trabalhar diversas competências, desde as socioemocionais, até aquelas para o mundo do trabalho. A partir daí, eles podem prospectar novas profissões nas áreas de engenharia, de mecatrônica e robótica”, disse o diretor.
A produção dos carrinhos
Foto: Eduardo Cavalcante/ Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar / Arquivo / Professor Joziano Miranda
O processo da realização da atividade se deu em três etapas. A primeira consistiu na apresentação em sala de aula, onde o professor mostrou a ideia da atividade para os estudantes e como ela se realizaria, a qual foi recebida com muita empolgação pelos alunos.
A segunda etapa foi a parte simulatória, onde os alunos da 3ª série, por meio de multimídias e recursos digitais, puderam visualizar a exposição teórica. A partir de uma interface, foi estudado como se dava o processo de injeção de elétrons, devido à absorção eletromagnética.
A terceira e última etapa foi o protótipo do carro solar. Os professores e alunos puderam testar desde questões como a intensidade necessária de raios Ultravioletas (UVs) para fazerem ele se locomover, até a velocidade que ele percorre em determinado espaço.
Da Física para a vida
Foto: Eduardo Cavalcante/ Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar / Arquivo / Professor Joziano Miranda
O professor de Física idealizador da atividade, Joziano Miranda, explicou que a ideia principal é tornar mais significativo o aprendizado que é observado em sala de aula. Segundo ele, isso permite a captação dos conceitos aprendidos na prática e de forma mais fácil.
“O exercício também ajuda na conscientização ambiental e esse processo que a gente tem de transformação de energia. A energia solar está cada vez mais aumentando sua participação nas nossas vidas e isso também contribui na formação deles como cidadãos”, disse o professor.
Esse exercício também serviu como uma forma de estudo para uma avaliação, em que os alunos que obtiveram as maiores notas receberam um protótipo como presente.
Lana de Almeida, de 17 anos, foi uma das estudantes que conseguiu tirar as melhores notas e receber um protótipo. Para ela, a atividade foi interessante e divertida, pois desde a 1ª série do Ensino Médio ela se identificou com a disciplina de Física e a atividade, além de ensiná-la mais sobre os conceitos físicos, também a ensinou sobre a energia renovável.
“A tecnologia por mais simples que seja (aqui) mostra que está bastante evoluída. Essa pequena placa, com nada além da energia solar, fez o carrinho andar, não polui o ar e eu vou levar esse conhecimento comigo”, falou a aluna.