O DNA do Brasil utiliza a educação e o esporte como ferramenta de mudança de vida
Foto: Eduardo Cavalcante / Secretaria de Estado de Educação e Desporto EscolarManaus foi a sede, na noite desta quinta-feira (14/12), da 3ª edição do prêmio “DNA do Brasil – Talentos”, iniciativa desenvolvida pelo Instituto para o Desenvolvimento da Criança e do Adolescente pela Cultura, Esporte e Educação (Idecace). No total, foram 25 participantes da rede estadual de ensino premiados, nas categorias Inclusão Social, Ética e Comprometimento; Iniciação Esportiva; Iniciação Vocacional e Profissional; Necessidades Especiais (Pessoas com Deficiência) e Projeto Científico. O evento aconteceu no Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), zona centro-sul de Manaus.
A solenidade contou com representantes das escolas premiadas e também com um grupo de estudantes da Escola Estadual (EE) Maria Madalena Santana de Lima, zona leste, e Centro Educacional Arthur Virgílio Filho, zona norte. Entre os prêmios, estão bolsas esportivas, cursos técnicos de iniciação esportiva e certificados de participação.
Com abrangência nacional e parceria da Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar no Amazonas, o programa funciona a partir da aplicação de três protocolos avaliativos anuais, que observam questões pedagógicas e esportivas; e buscam, a partir disso, descobrir novos talentos ainda em fase escolar.
No Amazonas, o projeto alcança 33 escolas da rede estadual, em 20 municípios. São mais de 14 mil alunos impactados, com atividades, como iniciações esportivas, competições, avaliações, dentre outros. De acordo com a secretária adjunta executiva de Juventude e Desporto Escolar, da Secretaria de Educação, Amanda Silotti, a parceria é fruto de um trabalho estratégico.
“O olhar atento do governador Wilson Lima e da secretária Kuka Chaves proporciona a parceria com iniciativas como esta. É um prazer ver nossos alunos tendo contato com o esporte, vendo a vida deles mudada por ele. É um projeto que buscamos dar continuidade”, destacou a secretária.
Na prática
A experiência de um ano repleto de atividades esportivas por conta do projeto DNA do Brasil é o caso dos alunos da Escola Estadual Indígena (Eei) Pamura Mahsa Wii, localizada no município de São Gabriel da Cachoeira (distante 852 quilômetros de Manaus). A escola, que tem no corpo discente uma maioria de estudantes indígenas da etnia Tukano, teve em sua rotina o estímulo às atividades físicas.
“Desenvolvemos as atividades direcionadas pela equipe do programa, que são disseminadas em todo o país. Além da prática de diversas modalidades esportivas, também temos, nesses questionários, uma parte para indicadores sociais, em que conseguimos avaliar o aluno de maneira mais profunda, descobrindo, também, possíveis questões de saúde mental, por exemplo”, destacou o coordenador pedagógico da unidade de ensino, Jefferson Belo.
As culminâncias desenvolvidas a partir dos protocolos avaliativos propostos pelo DNA do Brasil resultaram em um grande evento esportivo na escola. Para a aluna Crislene Fonseca, da 3ª série do Ensino Médio, a euforia foi geral entre os colegas.
“Primeiro, não conhecíamos o projeto e não entendemos muito bem. Depois, fomos receber os materiais. No final, disputamos os jogos. Disputei todas as modalidades e fui campeã no tênis de mesa, no futsal e no atletismo. Sempre gostei de competir e ter essa experiência na escola foi muito legal”, destacou a discente.
Crislene também saiu premiada da solenidade ocorrida na sede do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM). A aluna ficou com o 2º lugar na categoria Iniciação Esportiva.
Foto: Eduardo Cavalcante / Secretaria de Estado de Educação e Desporto EscolarSobre o projeto
O programa é estruturado na detecção de talentos para o esporte e vocação profissional, balizado em um método científico, com avaliações biológicas, psicológicas, sociológicas, vocacionais e motoras. A iniciativa já beneficiou cerca de 200 mil jovens da rede pública de ensino em todo país, durante seus 20 anos de atuação.
Em Manaus, a solenidade contou com a participação da jornalista esportiva Mylena Ciribelli, da primeira medalhista olímpica do Brasil, Maurren Maggi, e do medalhista olímpico manauara, Sandro Viana.