O igarapé é o único riacho não poluído na zona urbana de Manaus
Foto: Hitalo Kleto/ Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar
Em alusão ao Dia Mundial da Água, celebrado na próxima sexta-feira (22/03), alunos da Escola Estadual (EE) Olga Falcone, localizada na zona centro-oeste de Manaus, participaram, nesta quarta-feira (20/03), de uma visita ao igarapé Água Branca, considerado o único igarapé não poluído na zona urbana da capital amazonense. A atividade tem como objetivo promover conscientização sobre o cuidado com o meio ambiente, ao debater sobre recursos hídricos, mudanças climáticas e conservação da natureza.
A visita aconteceu a partir de uma trilha ecológica pelo leito do igarapé, localizado dentro de uma área de floresta. Durante o percurso, mais de 30 estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental ouviram sobre os processos de preservação do espaço. Após os aprendizados a céu aberto, os discentes também foram espectadores de uma peça teatral sobre a fauna da localidade, além de participaram de um momento simbólico de plantação de mudas.
A trilha foi coordenada pelo presidente da Organização não governamental (ONG) Mata Viva, Jó Farah. O instituto é o responsável pelos cuidados diários de preservação no espaço.
Foto: Hitalo Kleto/ Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar
“Temos a preocupação de trazer crianças que moram próximas a igarapés poluídos, porque elas estão crescendo sem referência de riachos limpos. Trabalhamos, de maneira lúdica, explicando o que é um igarapé, como ele se forma e por que ele é importante. Mostramos o que é preciso fazer para que tenhamos mais lugares como esse. Aqui, é plantada a semente”, enfatizou Jó Farah.
Toda a atividade aconteceu a partir de uma parceria entre a Coordenação de Educação Ambiental da Secretaria de Estados de Educação e Desporto Escolar, a ONG Mata Viva e um grupo de estudantes de licenciatura em Geografia, da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), que atuam na EE Olga Falcone.
Reflexão
Antes da ida ao igarapé do Água Branca, os alunos também participaram de uma visita ao igarapé Cachoeira Baixa, no Tarumã, que se encontra poluído. A dinâmica foi construída para colocar em confronto as visões de um riacho em estado de conservação e outro em estado de contaminação, para gerar reflexões, como explicou a professora de Geografia da EE Olga Falcone e uma das organizadoras da atividade, Giovana Campos.
Foto: Hitalo Kleto/ Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar
“Eles precisam perceber que existem esses espaços de conservação. Refletir sobre preservação, porque isso influencia no processo de ter uma água limpa que chegue em suas casas”, ressaltou a professora.
Para o estudante Gabriel Oliveira, 15, o objetivo de gerar reflexão foi alcançado nele e nos colegas. Os alunos, segundo ele, nunca tinham presenciado um igarapé limpo na cidade de Manaus.
“Em primeiro lugar, saio daqui querendo proteger os outros igarapés. Tentar ao máximo não poluir, porque isso prejudica nossa própria saúde”, compartilhou o aluno.
Além da atividade de campo realizada, a EE Olga Falcone também desenvolve, na própria unidade de ensino, outras atividades de conscientização ambiental, explorando temas como a não produção de lixo e o combate ao mosquito da dengue.
Cronograma
A Coordenação de Educação Ambiental da Secretaria de Educação também prepara, para a próxima sexta-feira (23/03), um outro momento de discussão em alusão ao Dia Mundial da Água. Com o tema “A Água nos Une, o Clima nos Move”, a Escola Estadual de Tempo Integral (Eeti) Djalma Batista, na zona leste de Manaus, receberá uma roda de conversa sobre o impacto das mudanças climáticas nos recursos hídricos da Amazônia e na saúde dos seus habitantes.
Foto: Hitalo Kleto/ Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar
O encontro contará com a participação dos alunos da unidade de ensino, de representantes da Secretaria de Educação e de palestrantes da UEA e da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Virtualmente, professores e pedagogos de todos os municípios também integrarão a roda de conversa, que será transmitida para todo o estado, por meio do Centro de Mídias de Educação do Amazonas (Cemeam).