Os cenários com os peixes amazônicos, como pirarucu, aruanã e tucunaré, na área molhada do parque Amazonino Mendes, ganham acabamento das esculturas gigantes durante as obras da Prefeitura de Manaus.
O pirarucu (Arapaima gigas) é um dos maiores peixes de água doce do planeta, e seu nome vem de dois termos indígenas pira, “peixe”, e urucum, “vermelho”, devido à cor de sua cauda. Na natureza, suas dimensões são grandes, passando de 2 metros e pesando mais de 100 quilos, quando adulto, mas no parque ele será um dos gigantes.
Os artistas trabalham nas armações de concreto, determinando os detalhes dos gigantes, com suas escamas, curvas e características. Paralelamente, as equipes estão dando forma à copa da chamada “Árvore da Vida”, que vai ficar no meio do espelho d’água da área molhada, que tem 15 metros de altura por 15 metros de diâmetro.
As obras seguem em ritmo intenso nos maiores cenários do parque cênico e interativo que a prefeitura está construindo na capital, entre as avenidas Isaías Vieiralves e Olívia de Menezes Vieiralves, nas zonas Leste e Norte.
Como explica o escultor Stevan Gomes, a árvore está sendo confeccionada toda em estrutura metálica aparente, em um formato estilizado e dentro da realidade amazônica e da cultura indígena da região. “Seguimos nos serviços na área molhada e esperamos finalizar esse cenário neste final de semana”, adiantou.
Mudando de bichos e cenários, o parque também terá uma área dedicada aos insetos, que já estão com os moldes em estrutura metálica aguardando apenas o chapisco para os acabamentos artísticos.
O chapisco é a primeira fase de aplicação de cimento, que é seguido de acabamentos de arte na massa até refinamento detalhado de detalhes dos animais. O chapisco é uma argamassa feita de cimento e areia grossa usado para fazer a cobertura nos animais de grandes dimensões.
“E estamos executando a estrutura metálica do orquidário, que é a parte botânica do parque, e dando andamento no alicerce da área dos pássaros, do cenário das aves. As demarcações já foram feitas e as estruturas metálicas estão sendo levantadas para dar o detalhamento com a parte de telas, como as telas de viveiro, que posteriormente vão receber a modelagem em cimento”, explicou Gomes.
“Inaugurada em outubro, a primeira etapa do parque é um sucesso. É uma felicidade para nós, que trabalhamos no projeto, poder oferecer à população das zonas Norte e Leste o primeiro parque linear urbano, onde crianças, jovens, idosos e até animais de estimação convivem em um espaço apropriado. E antes, naquela mesma margem de igarapé, só se via uma área degradada, sem uso e servindo de lixeira”, explicou o diretor-presidente do Implurb, Carlos Valente.
Fauna e flora
A prefeitura está construindo uma ode à fauna e flora amazônicas. O cenário da área molhada é um dos mais trabalhosos dentro da estrutura, com a árvore, tronco, espelho d’água, peixes e elementos dos rios da Amazônia, além das fontes.
A área total do parque envolve 134 mil metros quadrados, com projeto arquitetônico do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), ampliando a urbanidade, lazer, esporte e entretenimento na capital.
Etapa cênica
Entre ferros moldados e esculpidos, operários seguem executando os cenários com vários níveis de conclusão e acabamento. A construção terá cenários interativos temáticos, com rampas de escalada, escorregadores, área molhada, entre outros. Todas as figuras ligadas à floresta serão manuseadas, como brinquedos lúdicos para as crianças e interativos para os adultos.
Parque
O parque é resultado de um convênio firmado entre Prefeitura de Manaus e governo do Estado, com dois quilômetros de extensão. A primeira etapa do espaço foi entregue no aniversário de Manaus, em outubro de 2023. A terceira fase tem um conjunto habitacional dividido em três blocos distintos de cinco pavimentos cada, com vagas de estacionamento para carros e motos. Entre os blocos serão construídas calçadas arborizadas e mais playgrounds.
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Texto – Claudia do Valle / Implurb
Fotos – Clóvis Miranda/Semcom
Disponíveis em – https://flic.kr/s/aHBqjBhAMb