O trabalho integrado entre a assistência, vigilância e os municípios foram primordiais para os resultados positivos
Foto: Divulgação/ FVS-RCP
O Amazonas registrou a redução de 61% no número de casos de dengue nos primeiros quatro meses deste ano, conforme o boletim epidemiológico divulgado pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP). De janeiro até o início de abril, foram confirmados 2.020 casos da doença. No mesmo período em 2024, foram 5.181, de acordo com os dados da FVS-RCP, órgão da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM).
A secretária estadual de Saúde, Nayara Maksoud, considera que o trabalho integrado entre a assistência, vigilância e os municípios foram fatores primordiais para a redução dos casos e de óbitos. “Houve uma grande organização da rede assistencial para manejo adequado, diagnóstico e tratamento oportuno. Houve também uma intensificação das ações de controle vetorial, com foco na eliminação dos criadouros do Aedes Aegypti, sob a liderança da FVS-RCP e grande adesão da sociedade. Outro destaque desse trabalho foi a vacinação do público de 10 a 14 anos, para diminuir a gravidade da doença e o risco de internação”, apontou.
Na classificação de municípios do Amazonas com maiores taxas de incidência estão: Manaus (437), Atalaia do Norte (322), Envira (272), Jutaí (218), Guajará (167), Ipixuna (139), Benjamin Constant (115) e Eirunepé (104). Do total de casos, nove foram classificados como graves e um evoluiu para óbito, uma pessoa do município de Jutaí.
Foto: Divulgação/ FVS-RCP
Ainda conforme o boletim epidemiológico, o maior número de casos foi em pessoas da faixa etária entre 20 e 39 anos (745). Em seguida, aparecem os que têm entre 40 e 59 anos (476), os de 10 a 19 anos (311), menores de 10 anos (298) e os com mais de 60 anos (190).
A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, explica que o dengue é uma doença infecciosa febril aguda, que pode se apresentar de forma benigna ou grave, dependendo de alguns fatores, como o vírus envolvido, infecção anterior pelo vírus do dengue e quadros individuais, como doenças crônicas (diabetes, asma brônquica e anemia falciforme).
Dengue, assim como outras arboviroses transmitidas pelo Aedes Aegypt são prevenidas com o combate dos focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito. A orientação é a adoção do checklist semanal, de 10 minutos de duração, de modo que a população possa agir para identificar os possíveis criadouros com água parada, como garrafas, vasos de plantas, pneus, bebedouros de animais, sacos plásticos, lixeiras, tambores e caixas d’água.