O cenário dos primatas, os populares macacos, entra na etapa de conclusão na área cênica e artística do parque Amazonino Mendes, em construção pela Prefeitura de Manaus, na segunda etapa do complexo, localizado entre as avenidas Isaías Vieiralves e Olívia de Menezes Vieiralves, nas zonas Leste e Norte. A etapa cênica e de área molhada têm prazo de entrega de 12 meses.
No canteiro de obras, as equipes de construção e artísticas seguem nos serviços de acabamento dos macacos, incluindo uma ponte, que variam de 60% a 80% de conclusão. O maior primata tem 5 metros de altura, no cenário que mede 40 metros por 10 metros de largura. Os acabamentos das esculturas são feitos em cimento, trabalho que já envolveu desde a moldagem em cima de estrutura metálica, esculpida artesanalmente, usando materiais como tubos galvanizados, tubos de ferro e vergalhão.
Ao finalizar o cenário dos macacos, os trabalhadores e artistas vão se concentrar no cenário dos répteis. As esculturas são moldadas e modeladas adicionando matéria, produzindo marcas, expressões, pelos, patas, olhos e detalhes das feições animais. São os escultores e seus auxiliares que pegam ferros, tubos, pó e massas e transformam, moldam, esculpem formas gigantes e vão montando este grande espetáculo.
Segundo o escultor Stevan Gomes, nesta semana, os serviços seguem nos macacos e depois serão concentrados nos répteis, área molhada e nos cenários de ninhos de pássaros, orquidário e insetos.
“É feita uma estrutura metálica como base, com ferros mais pesados, mais resistentes, e em cima usamos tubos industriais e vergalhão para receber uma tela de viveiro. É esse material que recebe o chapisco, para que possa ser finalizada a modelagem no cimento”, explicou Gomes. O chapisco é uma argamassa feita de cimento e areia grossa, para fazer a cobertura nos animais gigantes.
A área total do parque envolve 134 mil metros quadrados, com projeto arquitetônico do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), ampliando a urbanidade, lazer, esporte e entretenimento na capital.
“Podemos ver os grandes animais da nossa fauna, como jacarés, onças, iguana, macacos com as armaduras, revestimento e as montagens em evolução. São técnicas usadas por artistas de Parintins e seguindo a dinâmica da gestão David Almeida, nossa expectativa é de podermos entregar esta obra no primeiro semestre de 2024”, afirmou o diretor-presidente do Implurb, Carlos Valente.
Jacarés
No cenário dos jacarés, um dos mais adiantados, a modelagem em cimento está concluída, assim como a modelagem artística e detalhes de acabamento. A gigante iguana vizinha dos répteis também está pronta para a próxima etapa, para iniciar a pintura de arte. Neste cenário, os serviços de jacarés grandes e filhotes estão em 80% e a cobra em 40%. Nas onças, com as grandes, pequenas, tronco e rampas, os trabalhos estão 80% finalizados.
Etapa cênica
Entre ferros moldados e esculpidos, operários seguem executando os cenários com vários níveis de conclusão e acabamento. A construção terá cenários interativos temáticos, com rampas de escalada, escorregadores, área molhada, entre outros. Todas as figuras ligadas à floresta serão manuseadas como brinquedos lúdicos para as crianças e interativos para os adultos.
Parque
O parque é resultado de um convênio firmado entre Prefeitura de Manaus e governo do Estado, com dois quilômetros de extensão. A primeira etapa do espaço foi entregue no aniversário de Manaus, em outubro de 2023. A terceira fase tem um conjunto habitacional dividido em três blocos distintos de cinco pavimentos cada, com vagas de estacionamento para carros e motos. Entre os blocos serão construídas calçadas arborizadas e mais playgrounds.
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Texto – Claudia do Valle / ImplurbFotos – Clóvis Miranda/ Semcom