A Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) realizou na segunda-feira, (22/4), Sessão Especial em homenagem aos 55 anos do curso de jornalismo da Faculdade de Informação e Comunicação (FIC) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), no plenário Ruy Araújo, por meio do requerimento nº 1.531/2024, de autoria do deputado estadual Wilker Barreto (Mobiliza).
Em seu discurso de homenagem, o parlamentar ressaltou a contribuição, nesses 55 anos, da instituição para o desenvolvimento e valorização dos jornalistas profissionais do Estado do Amazonas, e informou que destinou uma emenda de R$200 mil à faculdade em 2024.
“Para quem passa quatro anos dentro de uma graduação, o exercício da profissão de jornalismo tem que ser uma garantia. Opinar, você pode opinar e tem direito de opinar, mas exercer, somente aquele que presta um vestibular, que passa quatro anos estudando e no final recebe o seu diploma com muito sacrifício. Isso merece e deve ser valorizado”, declarou Barreto ao iniciar a solenidade.
O reitor da Universidade, Sylvio Puga, saudou os participantes e enalteceu o trabalho da instituição na formação de profissionais com a função de portadores da verdade jornalística.
“Temos aqui um conjunto de pessoas de gerações diferentes, que tem um propósito, um objetivo, ou que buscam um objetivo. Fazer com que no nosso Estado, possamos ter profissionais da comunicação social, que serão portadores da verdade jornalística. Tenho muito orgulho de cada um daqueles alunos, porque sei que foram formados com o que há de melhor na nossa instituição, seja de professores, técnicos e de infraestrutura”, afirmou.
O diretor da Faculdade de Informação e Comunicação (FIC), Allan Rodrigues, contou brevemente a história do curso criado em 1969 e a regulamentação da profissão para atender aos pedidos do Sindicato dos Jornalistas.
“Contarei um pouco da nossa história, a história de 55 anos do primeiro curso de jornalismo da região Norte e um dos mais antigos do país. A criação do curso se deve a regulamentação legal da profissão e o seu exercício por profissional habilitado em curso de nível superior específico, ou seja, para ser jornalista e exercer o jornalismo passou a ser necessário formação superior. A criação do curso atendeu também aos interesses do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Amazonas”, ponderou.
A coordenadora do curso, Grace Soares, também apresentou o papel de resistência exercido pelo curso de jornalismo diante das problemáticas regionais e de interesses econômicos.
“Há 55 anos, o curso de jornalismo resiste a pressão de formar meros técnicos e técnicas, resiste a pressão de fechar os olhos às lacunas de formação dos seus estudantes, longe disso, acolhemos e tentamos lidar com elas. A gente fala sobre tudo dentro da classe, nada nos cerceia. Há 55 anos, o curso de jornalismo da Ufam resiste à imposição de protocolos preconceituosos e discriminatórios dos grandes conglomerados de comunicação. A gente não precisa evitar sotaque, podemos ser indígenas, podemos usar uma roupa que combine com o nosso clima. Há 55 anos a gente resiste”, finalizou.
O evento contou, ainda, com entrega de certificados comemorativos da prestação de significativos serviços na área da educação superior e formação de profissionais da comunicação no Amazonas.
Além de estudantes e professores, prestigiaram a sessão o reitor da Ufam, Sylvio Puga; o ex-reitor da Universidade, Walmir Albuquerque; o diretor da FIC-Ufam, Allan Rodrigues; a coordenadora do curso de jornalismo da FIC-Ufam, Grace Soares; representante do Centro Acadêmico de Jornalismo da FIC-Ufam, Liandre de Souza; representante do Conselho Federal dos Profissionais de RP, Inara Regina; representante da Academia Amazonense de Letras, Mazé Mourão, e o coordenador de Comunicação da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), Isaac Júnior.