Na segunda-feira (9/4), o deputado estadual Wilker Barreto (Mobiliza) fiscalizou o Hospital e Pronto-Socorro da Criança da zona Sul, localizado no bairro Cachoeirinha. Como membro titular da Comissão de Saúde e Previdência da Casa Legislativa (CSP-Aleam), o parlamentar constatou que, apesar da unidade apresentar boa estrutura física e sistema de refrigeração, problemas como a falta de insumos, medicamentos, poucos profissionais e atraso salarial dos terceirizados se fazem presentes.
Recebido pela diretora da unidade, Roseane Lobo, Barreto conversou com pais e responsáveis revoltados com a demora excessiva nos atendimentos e resultado de exames, gerando um grande volume de espera na frente do hospital.
A direção informou que a unidade de saúde roda com R$ 100 mil a cada três meses, estando com um déficit atual de R$ 193 mil. Para 2024, até o presente momento, foi autorizado o orçamento de R$ 2.290.897,77, sendo pago R$ 1.026.915,76.
Falta de gestão
O deputado frisou que o problema não está na direção das unidades, mas sim na tomada de decisão da pasta da saúde e do Governo.
“Falta planejamento e prioridade na ordem de investimentos. Foram feitos um total de 10 mil empréstimos desde 2019, será que não deu para destinar parte deste recurso para o investimento em saúde? O cidadão que depende da saúde pública está padecendo, vindo a óbito, sem perspectiva de resolução da problemática de um serviço tão essencial”, apontou Wilker.
Superlotação
A direção informou que os Centros de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente (CAICs) da região estão fechados e sem funcionamento. As unidades de saúde também não atendem as demandas pediátricas, de modo que os responsáveis acabam por procurar os prontos-socorros de urgência e emergência.
Além disso, pacientes de outras zonas procuram a unidade devido os respectivos hospitais de sua região já se encontrarem lotados ou desabastecidos. Com isso, torna-se notório que um dos motivos da superlotação do Pronto-Socorro da Criança da zona Sul e demora no atendimento se dá pelo represamento de atendimentos que deveriam estar sendo feitos em outras unidades.
Outros problemas foram constatados como ambulâncias sucateadas, enfermaria parada por falta de material, falta de tomógrafos, serviço de nefrologia reduzido e profissionais de limpeza sem receber há 4 meses.