Projeto-piloto inicia com a plantação de 12,5 mil mudas em Novo Remanso
Foto: Emerson Martins/SeprorO Governo do Amazonas, em parceria com o Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), incluindo representantes da indústria de injeção plástica do Polo Industrial de Manaus (PIM), iniciou, nesta quinta-feira (25/01), a plantação de 12,5 mil mudas do curauá, como parte do projeto-piloto que fará a produção de fibras para dar suporte à indústria, a partir da planta nativa da Amazônia. O lançamento do projeto ocorreu na Comunidade Santo Antônio de Caxinauá, localizada na Fazenda Itajaí, no lago do Marcelo, a 30 minutos do Distrito de Novo Remanso, localizado em Itacoatiara (distante 176 quilômetros de Manaus).
O curauá é uma planta cujas fibras, extraídas das folhas, têm diversas aplicações em setores como o automobilístico, têxtil, agrícola, construção civil, telecomunicações, computação, entre outros. Essa alternativa, de acordo com o chefe do departamento de Diversificação Econômica (DDE) da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), Sandro Amazonas, tem o potencial de fortalecer ainda mais a economia regional e promover o uso sustentável dos recursos naturais da região.
“O objetivo desse projeto-piloto é que a fibra seja utilizada pela indústria, visando ter o aumento do índice de regionalização do produto fabricado. Com a participação das secretarias do Estado ao lado de outros órgãos parceiros, vamos promover a ampliação e diversificação da matriz do setor primário do Amazonas e, consequentemente, gerar emprego e renda aos agricultores da região”, declarou.
Conforme a chefe de departamento de Política Agrícola, Pecuária e Florestal da Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror), Waldélia Garcia, o Governo do Amazonas incentiva os produtores rurais da região e, agora, com a produção do curauá, podem ter mais uma alternativa econômica.
“Estamos apoiando essa pesquisa e será um grande avanço, porque vai ser uma fibra produzida aqui na Amazônia sem aquelas condições insalubres de outras fibras; e vamos poder utilizar na indústria, reduzindo o percentual de plástico em vários produtos”, ressalta Waldélia.
O presidente da Comunidade de Santo Antônio de Caxinauá e um dos idealizadores do projeto, André Alves de Mendonça, ressaltou a importância do plantio do curauá para os trabalhadores locais. “Esse projeto será muito amplo para todos os agricultores, e já está se tornando uma realidade. Será uma vinda nova e construtiva para todos nós”, pontuou.
Participaram do evento a secretária-executiva de Relações Institucionais, Tayana Rubim; a secretária de Câmaras Setoriais, Ana Veloso; o chefe do DDE, Sandro Amazonas; o assessor William Silva; a gerente da Secti, Giovanna Libania; os representantes dos órgãos CBA, Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), Sepror e membros da iniciativa privada.