O evento reuniu 100 ciclistas de diversas etnias em Manaus para promover a sustentabilidade e a visibilidade da cultura indígena
FOTOS: Fillipe Barroso/FepiamNa manhã deste sábado (20/04), o Governo do Amazonas, por meio da Fundação Estadual dos Povos Indígenas do Amazonas (Fepiam), uniu a tradição milenar dos povos indígenas com a modernidade das bicicletas. O Pedala Ambiental Indígena, realizado como parte das celebrações do mês dos povos indígenas, reuniu cerca de 100 ciclistas de diferentes etnias em um percurso de 10km, partindo da Estrada do Tarumã em direção à comunidade Parque das Tribos II.
“A ação não apenas destacou a importância histórica e contemporânea da bicicleta na vida dos povos indígenas, mas também promoveu a conscientização ambiental e incentivou a prática de atividades físicas em harmonia com a natureza”, afirma o diretor-presidente da Fepiam, Nilton Makaxi.
Dentre as etnias participantes estavam Mura, Kokama, Kambeba, Munduruku, Sateré-Mawé, Baré, Wai-Wai, Kaxinawa, Apurinã e Guarani Kaiowa, demonstrando a diversidade cultural e étnica presente.
O passeio ciclístico com indígenas contou o apoio de diversos movimentos ciclísticos locais, como Pedala Livre, Bunitões Bike, Speed Bike e Clube Fat Bike Manaus, que se uniram para promover não apenas a prática esportiva, mas também a integração social e cultural.
“Ao pedalarmos juntos, estamos não só fortalecendo laços de amizade e solidariedade, mas também mostrando ao mundo a importância de respeitar e preservar a cultura e os direitos dos povos indígenas”, afirma Fernando Barroso, líder do movimento ciclístico Pedala Livre.
Ao chegar ao destino, a comunidade Parque das Tribos II, os participantes foram recebidos com uma série de atividades sociais e de saúde, proporcionando serviços como embelezamento, massagem, corte de cabelo, atendimento médico geral, ações de cidadania com atendimento ao público como a emissão de certidão nascimento e a carteira do artesão, além da exposição e venda de artesanato indígena.
FOTOS: Fillipe Barroso/FepiamA ação social indígena, como foi denominada, teve o suporte de instituições como o Instituto Imibre, UEA e secretarias estaduais, incluindo a Sedecti através da Setemp e Sejusc através da Secretaria Executiva de Direitos Humanos.
Além do aspecto esportivo e social, o evento incluiu um importante gesto simbólico de preservação ambiental: o plantio de mudas, reforçando o compromisso dos povos indígenas com a conservação da natureza.
“O Pedala Ambiental Indígena se revelou não apenas como uma iniciativa pioneira, mas como um exemplo inspirador de como a bicicleta pode ser uma ferramenta de conexão entre culturas, de promoção da saúde e do bem-estar, e de defesa do meio ambiente”, conclui o diretor-técnico, Joabe Leonam.