A Prefeitura de Manaus está promovendo uma capacitação voltada aos Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) que atuam no Distrito de Saúde Sul (Disa Sul) da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), com o objetivo de fortalecer o combate e o controle da tuberculose em Manaus. O treinamento de dois dias, ocorre até esta terça-feira, 26/3, na sede do Disa Sul, localizada no bairro de Adrianópolis, zona Centro-Sul da capital, e conta com a participação de 50 ACSs divididos em duas turmas.
Durante o evento, o enfermeiro do Programa de Tuberculose do Disa Sul, Israel Teófilo, falou sobre o desafio mundial que a tuberculose representa, suas formas de transmissão, a gratuidade do tratamento à doença pelo SUS e a importância do ACSs, que realiza um trabalho fundamental na busca de contatos.
“Essa capacitação faz parte da campanha de combate à tuberculose que acontece neste mês de março, e tem o objetivo de alcançar principalmente os ACSs que entraram na Semsa no último concurso. Além das informações e atualizações no tratamento da tuberculose, estamos enfatizando o valor do trabalho deles na busca de casos de tuberculose ativa e latente”, explicou o enfermeiro.
Os ACSs têm um papel estratégico na promoção da saúde e na redução de agravos devido aos vínculos que mantêm com os usuários da rede de atenção primária. Devido a esse contato direto com os moradores dos territórios, fortalecer sua atuação a partir do reforço de informações sobre sintomas da tuberculose, formas de transmissão, necessidade da continuidade do tratamento e monitoramento dos pacientes, é fundamental para o controle da doença.
A fase latente da tuberculose, em que a pessoa tem a Mycobacterium tuberculosis, mas não apresenta sintomas e mesmo assim transmite a doença, foi um dos aspectos que mais chamou a atenção da Agente Comunitária Giovanna Mangabeira.
“A gente tem que fazer essa busca ativa, é o papel do ACS fazer essa busca ativa e acompanhar o paciente que está com sintomas da doença e as pessoas que têm contato com ele. Embora seja uma doença que tenha características específicas como a tosse seca, o escarro com sangue, ela também pode ter a fase latente, que não é tão visível para as pessoas”, enfatizou.
O vínculo com a comunidade foi apontado pela ACS Marcela Vieira Ferreira, como um aspecto facilitador que faz o paciente buscar o diagnóstico e o tratamento, conforme cada caso.
“Por termos essa ligação mais forte com a comunidade, temos a facilidade de buscar o paciente que está com aqueles sintomas de tosse persistente, aqueles calafrios principalmente à noite. Quando falamos dos sintomas da doença, o paciente se observa mais e passa a ter outra postura”, explicou.
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Texto – Divulgação/Semsa
Fotos – Artur Barbosa/Semsa