Evento encerrou nesta quinta-feira (30/11)
Foto: Maíra Pessoa/FVS-RCPA Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas, apresentou a experiência do Amazonas de monitoramento de vírus respiratórios durante o Workshop Anual de Desenvolvimento do Sistema de Alerta Antecipado de Surtos com Potencial Pandêmico, encerrado nesta quinta-feira (30/11) em Salvador.
Na oportunidade, a diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, compartilhou a experiência do Amazonas, no monitoramento dos vírus respiratórios por meio da coleta de amostras para o diagnóstico laboratorial.
“Atualmente, o nosso Laboratório Central de Saúde Pública realiza a identificação de 21 tipos de vírus respiratórios do Estado e recebe as amostras das unidades sentinelas para as síndromes respiratórias de 25 unidades implantadas no Estado. Pretendemos, a partir do próximo ano, avançar o acompanhamento no âmbito da atenção primária em saúde e assim contemplar as nove regiões de saúde”, destacou a diretora Tatyana.
O workshop teve início no dia 28 de novembro e tem a finalidade de fortalecer métodos multi e interdisciplinares como um projeto para contribuir com a vigilância em saúde. Na ocasião, foram debatidos temas, como os avanços na inteligência epidemiológica no Brasil, caracterização molecular dos patógenos circulantes, fóruns sobre vigilância sindrômica, a apresentação dos resultados do Sistema de Alerta (ÆSOP), após um ano de desenvolvimento; e a simulação ao vivo do sistema.
Participantes
As cidades do Rio de Janeiro e Salvador também foram selecionadas para contribuir com a nova ferramenta. Para a superintendente de Vigilância em Saúde do Rio de Janeiro, Gislani Mateus, o encontro oportunizou a troca de experiências e a discussão das potencialidades sob diferentes olhares, incluindo governo federal, estados, municípios e universidades.
“A oficina permitiu a discussão e alinhamento dos desafios atuais e as prementes inovações necessárias para detecção precoce da vigilância em saúde”, pontuou a superintendente Gislani.
Para Cristiane Cardoso, coordenadora do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) de Salvador, a ferramenta é útil como proposta ao projeto ÆSOP e precisa ser aprimorada para contribuir, inclusive, na ocupação dos espaços de informações oficiais, frente ao desafio de combate à desinformação.
“As estruturas governamentais precisam estar preparadas no que se refere a verificação dos rumores e na capacidade de resposta. Importante que possamos nos preparar em tempo de paz”, complementou a coordenadora do CIEVS de Salvador.
O coordenador do projeto ÆSOP, Manoel Barral, destaca que é fundamental a interação para entender a necessidade do município para tomar decisões e promover ações.
“A ideia do workshop é exatamente apresentar o estágio do projeto, onde avançamos na detecção, mas ajustar a necessidade do território, como é que isso deve ser apresentado e atender essas outras demandas. E construir o alinhamento das etapas do trabalho do próximo ano, no sentido de dar mais usabilidade ao painel e mesmo ao aperfeiçoamento”, avaliou Manoel.
ÆSOP
O ÆSOP é um projeto que visa desenvolver um Sistema de Alerta Antecipado de Surtos com Potencial Pandêmico, chamado Alert-Early System of Outbreaks with Pandemic Potential. A iniciativa do projeto é coordenada por pesquisadores do Instituto Gonçalo Muniz da Fundação Oswaldo Cruz na Bahia (Fiocruz Bahia) e pelo Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia)
O desenvolvimento do projeto conta com as múltiplas unidades da Fiocruz, além do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Fundação Rockefeller.