O vereador William Alemão (Cidadania), durante sessão plenária desta quarta-feira (13/03), enfatizou que moradores da comunidade Pingo D’água, no bairro Jorge Teixeira, zona leste de Manaus, vivem na precariedade, devido a área apresentar risco de desabamento. Segundo Alemão, com as fortes chuvas, o problema fica mais evidente.
Diante da situação, Alemão enfatizou que realizará na próxima quarta-feira (20/03) uma Tribuna Popular para debater o assunto, e cobrar ações efetivas do poder público.
O parlamentar, afirmou que há um ano, houve um deslizamento de terras na rua Topázio, que culminou na morte de oito pessoas e deixou vários desabrigados causando grande comoção. No dia seguinte ao deslizamento, autoridades como o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, além do prefeito, David Almeida, e do governador Wilson Lima, estiveram no local e prometeram ajudar a comunidade, inclusive com a construção de unidades de habitação populares.
“A situação do deslizamento, onde morreram oito pessoas, completou um ano e, infelizmente, até o momento não teve absolutamente nenhuma obra no local. Teve visita de dois ministros, teve visita do Governo do Estado e da Prefeitura Municipal, mas infelizmente, só foi feito um tapume”, enfatizou Alemão.
O líder do Cidadania na CMM apontou outros problemas na área, causados pela tragédia.
“A rua, até hoje, está fechada, o comércio está morrendo, a situação de bandidagem é muito grande, pois não se consegue nem trocar as lâmpadas, porque tem aqueles dentes de dragão. Então a comunidade me solicitou, a mesa permitiu e nós vamos realizar esta Tribuna Popular, na próxima quarta-feira, para tratar deste assunto”, esclareceu o parlamentar.
Ainda segundo William Alemão, conforme foi amplamente divulgado na mídia, na ocasião do acidente, as autoridades prometeram apoio à comunidade Pingo D´água, além de outras na região, como a comunidade da Sharp. Contudo, mesmo após um ano do ocorrido, os moradores da região reclamam que nada foi feito.
Na ocasião, os moradores em que as casas se encontravam em situação de risco de desabamento ainda foram retirados e encaminhados para a escola municipal Helena Walcott, localizada na rua Itaúba, que funcionou como abrigo por um curto período. Informações apuradas pela imprensa, dão conta de que a comunidade existe há seis anos e que na época do acidente, 70 famílias moravam no lugar.
A Tribuna Popular vai dar voz aos cidadãos que ainda clamam por ajuda do poder público.
“A Defesa Civil veio aqui, colocou esse tapume, fechou a rua e não apareceu mais. Estamos nessa situação há um ano. Em dias de chuva, como o de hoje, eu fico morrendo de medo. Aqui nesse terreno em que eu vivo moram 3 famílias, o IPTU já chegou aqui pra eu pagar, mas a Prefeitura não aparece nem pra capinar o mato que está no terreno e serve como abrigo para mosquito e outros bichos”, reclama a dona de casa Delanilde Gomes, moradora da rua Topázio.
Texto: Assessoria de Comunicação do vereadorFoto: Mauro Pereira – Dicom/CMM